segunda-feira, 2 de maio de 2016

Mãos à obra!

Bom, como eu contei no post anterior, eu agora tô arriscando um pouco e botando a mão na massa pra ver a Virgínia cada vez melhor. Mexer nela e identificar pontos onde eu mesma posso tentar arrumar é muito legal, torna a kombi muito mais minha, é como um trato entre nós: eu cuido dela e ela cuida da gente!
Nesse vídeo eu mostro como pode ser feita a troca da polia e da correia da kombi. Tive dificuldades com a chaveta que serve como trava na roseta e por isso não deu exatamente certo como eu gostaria, mas de forma paleativa a correia foi instalada pra eu poder pelo menos levá-la até o mecânico. Infelizmente a câmera não gravou todo o processo de instalação da correia e além disso anoiteceu e o vídeo ficou bem escuro, mas mesmo assim faço questão de repassar pra vocês como algumas coisas podem ser fáceis...


Espero que gostem, até!

quarta-feira, 27 de abril de 2016

Mais sorte que juízo!

Nossa, faz tempo que não postamos nada por aqui. Peço desculpas a quem estava acompanhando, mas nesse processo todo andei desanimando bastante, confesso, em tocar pra frente o projeto da kombi. Muitos mecânicos trapaceiros, muito dinheiro gasto a mais desnecessariamente e muitos problemas persistentes em aparecer mesmo depois de tanto tentar arrumar...
Depois que viajamos pra Matinhos no começo do ano e tivemos um problema com gasolina adulterada e um barulho de batida intermitente de não sabíamos o quê na parte de trás, e de passarmos pelo medo de termos que ser guinchadas no meio da estrada a qualquer momento, resolvi dar um tempo de oficinas, pro meu bolso e disposição se recuperarem.
Ela ficou uns dois meses na garagem, até que meu pai teve a iniciativa de mexer nela. Trocamos a bateria, ele regulou o ponto. Eu também voltei a me empolgar e resolvi com uma gambiarra um problema elétrico de mau contato do cabo principal nos fusíveis, fiz troca de óleo e o vazamento excessivo até cessou por um tempo, e comecei um trabalho de funilaria caseira pra fechar os pontos de infiltração de água pelas janelas com massa plástica (numa outra oportunidade postarei sobre isso). E deu certo! Ela voltou a rodar, e rodamos bastante por aí com ela. Andamos tanto que resolvemos viajar novamente, dessa vez até Tibagi, pra conhecermos o Canyon Guartelá.
Uma semana antes de irmos, levamos a Virgínia num outro mecânico pra uma coisa básica, só pra ajustar a correia que estava patinando (o que faz com que o alternador vá se desgastando mais rápido). Ele foi bem legal com a gente e nem cobrou pelo serviço, mas é como dizem: quando a esmola é muita, o santo desconfia. O barulho de batida que ela fez na viagem anterior não havia aparecido mais e o desempenho km/L estava até melhor do que antes. Nosso pensamento foi: só vamos saber se ela está boa para viajar, viajando!
Queríamos aproveitar que seria o último dia de chuva de meteoros e Lua Cheia pra passarmos a noite acampando no Parque Estadual do Guartelá. Saímos no sábado depois do trabalho, dessa vez quem foi pilotando na estrada fui eu, pela primeira vez com a carteira de motorista recém tirada. A emoção era muito grande! Primeira pisada funda em pista larga, Sol se pondo na minha frente, a Dani do meu lado e o John John atrás com sua good vibe infinita.

foto: Dani
foto: John John
Tava tudo perfeito! Até que próximos de Ponta Grossa comecei a ouvir um barulho estranho, que não era de nada que estivesse dentro da kombi. Parei no acostamento, o sol ainda dava suas últimas pinceladas no céu. Pra nossa surpresa quando abri a tampa do motor a correia estava desfiando, o barulho era dos fios soltos batendo, e não sei como a parte dentada dela virou ao contrário. Cortamos os fios pra que ela não desfiasse mais e seguimos em pensamento positivo até o posto mais próximo.


Paramos no primeiro, só havia um borracheiro com má vontade que sem nem ao menos ver o caso, disse que já era para o motor ter fundido e que ele só mexia com pneus. Quando ele falou ~fundir motor~ o desespero pra achar o próximo posto mudou totalmente o clima da viagem (isso porque o motor refrigerado a ar precisa do alternador em rotação pra resfriar, além de recarregar a bateria). Lembram do barulho de batida intermitente? Pois é, a essa altura, pra piorar nosso estado de nervos ele resolveu aparecer também. Paramos mais uma vez num acostamento. Ligamos pra CCR RodoNorte pra pedir suporte e eles passaram o número de um mecânico. Já era noite e àquela hora, num sábado, mesmo há poucos quilômetros da cidade, o preço pelo "resgate" seria de R$120 só pra arrumar a correia (que custa em média R$15, e eu sabia disso).

foto:John John
Não dei o braço a torcer ao primeiro explorador de pessoas desesperadas! Mentalizei com mais força pra que a Virgínia aguentasse as pontas até conseguirmos ajuda. Paramos no segundo posto que encontramos. Mais um borracheiro negou ajuda, mas resolvemos olhar na loja do posto se eles não vendiam correias. Eu tinha certeza de que não, mas aquilo foi a nossa salvação. O atendente foi muito prestativo, tentou colocar uma correia de bomba de sei lá o quê (que não servia), e vendo que não havia como trocar a correia ele se dispôs em pelo menos reposicionar ela com os dentes para dentro pra que aguentássemos mais um pouco de estrada até achar ajuda que valesse. Na primeira girada de motor ela inverteu novamente e nisso um bom rapaz se aproximou e disse convictamente que no próximo posto, há 2km dali eles vendiam correias com certeza. Partimos em disparada até lá e pra meu espanto eles não vendiam correia, mas na minha frente havia um mecânico cansado que já estava indo para casa. De poucas palavras, o mecânico Cristiano disse para nos apressarmos porque ele queria descansar logo. Seguimos ele até a sua oficina, já dentro de Ponta Grossa. Que galpão fantástico!

foto: John John
E o homem de poucas palavras em instantes trocou a correia, ajustou duas vezes. Falei do barulho de batida intermitente que vinha da parte de trás. Diagnóstico imediato e preciso: coifa da homocinética gasta na roda traseira, aguenta ainda mais um tempo, mas não devo ignorar o problema. Um alívio pra quem já havia sido desenganada com mancal, virabrequim e rebimboca da parafuseta. O preço pela mão de obra e pela correia? O total de R$35 (bem melhor que R$120).
Aceleramos fundo ao nosso destino que já estava perto, agora com os corações mais leves... coração leve e cabeça avoada. Depois de nos preocuparmos tanto com a maldita correia e focarmos só nisso em todos os postos de gasolina que paramos, esquecemos de nos atentar à gasolina. Já estávamos saindo de Castro quando percebemos que já estava entrando na reserva, mas como havia ainda mais uns 30km pela frente acreditamos que passaríamos ainda por pelo menos mais um posto. O problema é que entramos numa PR de mão dupla e pista única sem acostamento, que não tinha fim, nem posto, nem casas. Mais uma vez o desespero bateu forte e mais uma vez contando com muita sorte e pensamento positivo, a gasolina acabou exatamente na porteira do nosso destino final: o Recanto Ecológico da Dóra. Já era quase meia noite e resolvemos dar um tempo e esperar pela chuva de meteoros ali mesmo. Não vimos. O cansaço gerado pelos transtornos falou mais alto e descemos o restante da estradinha de chão a pé com nossas barracas e o suficiente para passarmos a noite. No dia seguinte nos preocuparíamos com o resto.

foto: John John 

Quando eu acordei, meu pé esquerdo estava uma batata gigante, inchado e dolorido. Algum inseto me picou no meio da confusão e me deu alergia. Resolvemos com a dona do camping a questão da gasolina e ela traria mais tarde pra nós - quando fosse pra cidade - um galão de combustível. Finalmente relaxamos e aproveitamos a natureza e tudo o que fez valer a pena chegarmos até ali. Encontramos uma amiga da Dani e a namorada dela que chegaram de moto de manhãzinha e iniciamos a trilha pelo Parque. O banho de rio nos panelões foi revigorante e devolveu a energia que estávamos precisando e a água gelada trazia alívio pro meu pé febril.

foto: John John (cachoeira no Recanto da Dóra, há poucos metros da nossa barraca)
onde a kombi estacionou sem gasolina








 foto: Katy
 
O dia foi lindo! Aproveitamos ao máximo. Mas depois dele vem a noite, e pra viajantes desajuizados isso pode ser perigoso.
Colocamos 5L do galão na kombi pra chegar até Tibagi e de lá poder encher o tanque pra voltar pra Curitiba, e logo de saída ela se comportou de modo estranho, mas não demos importância e seguimos em frente com o sol se pondo novamente.

foto: John John
foto: John John
Assim que a escuridão tomou conta, naquela estrada de mão dupla, pista única e sem acostamento, a kombi apagou os faróis e desligou o motor. O volante travou. Nada fazia com que ela ligasse. Nem mesmo o pisca alerta ligava. Jesus! Os carros atrás vinham em muita velocidade e a lanterna que eu queria usar pra ver os fusíveis tinha de ser usada pelo John John para alertar quem vinha chutado atrás. Dessa vez eu não sabia o que fazer. Finalmente a Dani conseguiu destravar o voltante e a gente pôde empurrar um pouco mais pra borda da pista, arriscando de quase cair em uma vala. Ninguém parava pra ajudar. Eu já estava quase certa de que por causa da correia o alternador tivesse ido pro pau e que nunca sairíamos dali. Até que um carro com um senhor e sua família pararam pra prestar ajuda. Deixamos a kombi lá mesmo porque num domingo a noite ninguém ia conseguir resolver nada, e eles nos levaram até um hotel barato em Tibagi, foram muito queridos! Sugeri ao John John que ele pegasse um ônibus pra poder trabalhar no dia seguinte, mas ele em sua enorme parceria, ficou com a gente até o final. O que me fez dormir aquela noite foi um remédio anti-alérgico que a Dani comprou que me deu muito sono, mas a cabeça estava a milhão. Lembrei da gambiarra com o cabo principal dos fusíveis. Não ia pagar pra alguém ir lá ver e ainda arriscar de dizer que era outra coisa, que era o alternador por exemplo, sem que realmente fosse.
Na manhã seguinte, cedinho, era segunda-feira e seria certeiro achar uma auto-elétrica. Comprei 10 fusíveis por R$5 e lá conhecemos o Ronaldo que estava arrumando seu alternador e se ofereceu em nos levar até onde a Virgínia tinha sido deixada. - É muito louco como nessa vida tudo é um ciclo. O Ronaldo poucos dias antes tinha ficado na estrada também e precisou da ajuda de alguém pra sair daquela situação. Nesse dia ele teve a chance de retribuir. - Troquei uns 4 fusíveis que estavam meio avariados e percebi que quando mexia no fio principal ele dava mau contato. Dei um jeito momentâneo e conseguimos levá-la até a auto-elétrica pra soldar, por apenas R$5. Enchemos o tanque e pé na tábua!
Agora na volta, quem veio dirigindo foi o John John, todo faceiro. Tudo ocorreu bem finalmente. Conseguimos chegar em Curitiba, felizmente sem muitos prejuízos, porém com muito aprendizado com a humanidade e a compaixão das pessoas que sem nos conhecer nos ajudaram de boa fé, e muita gratidão por essa força maior que nos impulsionou a chegar aos trancos e barrancos no melhor lugar que as circunstâncias nos permitiu, até o limite. Ao mesmo tempo que muita energia foi gasta por coisas tão simples, ainda assim fico feliz de que cada vez mais eu entendo um pouquinho melhor do funcionamento da Virgínia e que de alguma forma consigo resolver as coisas sem ser mais enganada, graças a muitos vídeos no youtube, fóruns de discussão, e o mais importante, a ajuda de kombeiros que sempre nos socorreram em perrengues na cidade. Parece que ter uma kombi gera uma conexão maior com cada pedacinho da estrada. Uma paisagem não é só uma paisagem, pode ser um lugar de parada, mesmo que forçada. As pessoas não são só transeuntes, elas podem ter trocas entre si. E as pessoas que estão ao seu lado, se tornam pilares e demonstram que parceria não é só curtição. Isso tudo gera união e eu sou grata por isso.



felicidade só é real quando compartilhada.

Para terminar, o saldo da nossa pequena viagem foi:
- R$110 de gasolina para ir
- R$35 da correia no meio da estrada
- R$30 do camping Recanto da Dóra
- R$20 de gasolina emergencial - R$15 do galão
- R$35 do Hotel Tibagi II (com café da manhã)
- R$10 fusíveis e solda
- R$130 gasolina pra retornar
- R$57 pedágios ida/volta

Quer saber o que a gente escutou na estrada pra aliviar toda essa tensão?
Tem uma playlist da Virgínia no Spotify pra você viajar, da maneira que quiser.

ATÉ MAIS. :)

sábado, 12 de setembro de 2015

Chega de insulfilm feio! Nós queremos cortinas!

Aqui vai uma dica super simples, rápida e fácil.

Eu tava no dilema com os insulfilmes que vieram na Virgínia, já havia procurado alguns tutorias de como retirar a película, como por exemplo com steamer de roupas e secador de cabelo. O steamer eu não tenho e o secador não deu nada certo! Aí já tinha meio que desistido e a melhor ideia parecia pagar alguém pra fazer isso, e obviamente não sairia barato pois "essa película é bem ruim de tirar moça".
Mas eis que um belo dia, eu tava fazendo a barba de um cliente no salão que eu trabalho e reparei que a toalha quente que era colocada no rosto fazia bastante vapor, e fui associando algumas coisas tipo vapor + cola + película = descolamento. E resolvi fazer o teste em 9 janelas da kombi, que deu muito certo!!! \o/ (essa super técnica vale para adesivos toscos também)

 Ingredientes:
- um pano que cubra boa parte do vidro,
- um recipiente térmico (tipo caixa de isopor),
- água quente,
- espátula.

Receita:

O recipiente térmico vai garantir que a água se mantenha quente por mais tempo e você não precise ficar esquentando ela o tempo todo para cada janela.
Molhe o pano na água (certifique-se que ela não esteja quente demais para não queimar sua mão) e torça pra tirar o excesso. Posicione o pano sobre o vidro. O vapor vai fazer com que o plastico do insulfilm se desprenda... use a espátula para riscar o plástico e a partir do corte raspe para que toda a película seja retirada.

É muito fácil e prático ;)
Desculpem a má/péssima qualidade do vídeo, mas espero que ajude

segunda-feira, 31 de agosto de 2015

Dia Nacional da Kombi, Dia Universal e Astral da Dani

te prometo muito chão ainda pela frente
Ontem foi aniversário da Dani (eeeeee \o/) e coincidentemente também foi comemorado em Curitiba o Dia Nacional da Kombi. Que bela coincidência, pois, ao escolhermos o nome para a nossa kombosa, batizamos ela de Virgínia porque eu e a Dani somos virginianas, com uma diferença de apenas 5 dias, mas não sabíamos que a existência da Kombi também era comemorada no mesmo período astral da gente. Virgínia! Que belo nome você tem! Aposto que também deve ser uma tempestade planetária azul, de tanto problema e orgulho que você nos deu até agora, cheia de personalidade!
Pois bem! Fomos então até o estacionamento da Copava no Cabral com a minha mãe e a Frida, onde seria a festa das VW Bus. Logo na chegada fomos nos arrepiando com as que estavam estacionadas nas ruas por não terem cabido no pátio da concessionária. O sol estava escaldante e os olhos brilhando! O primeiro ponto de parada seria no Kombi n' Coffee que presenteariam a Dani com um latte gelado pra refrescar aquela manhã super quente, e pra mim e pra minha mãe um capuccino gelado acompanhado de dois mini-brownies deliciosos! Trocamos uma ideia muito legal com a Karin e o Tobi que encheu muito os nossos corações de boa esperança e certeza de reformar a Virgínia pra botar ela na estrada com o nosso projeto. A Karin pelo jeito já manja muito da mecânica da kombi deles, e a gente quer chegar lá também.
No evento tinha gente de muitos lugares, indo para muitos lugares, como por exemplo um casal de Bal. Camboriú que estavam vendendo camisetas, almofadas... para levantar fundos pra no ano que vem dar início à sua jornada pelo mundo que começaria, óbvio, pelo Brasil. O projeto se chama Mundo em verde e amarelo e a gente também se inspirou muito neles! Nos entusiasmamos tanto com o sonho de todos que estavam lá, com a coragem, com a paixão deles, que pasmem! esquecemos de perguntar "ei! essa lataria bonita aí da sua kombi você fez com quem??". Aliás, no início até perguntamos pra uma ou duas pessoas, mas as respostas não foram muito animadoras. Parece mesmo muito difícil, quase impossível, encontrar um latoeiro de confiança que faça um bom serviço. Mas ganhamos alguns folders de gente que trabalha reformando kombi, vamos ligar mais tarde e torcer pra que não seja absurdamente caro como já vimos em outros lugares não especializados.
Por fim, conhecemos um hippie - o que seria de um evento de kombis sem pelo menos um hippie? - que ao final de termos comprado alguns artesanatos e tirado fotos, nos ofereceu seus piolhos durante o abraço de despedida, hahaha.






kombi pirata sendo grafitada lá na hora








a Virgínia ganhou um presente também
Depois de tanto sol na cabeça, a Dani acabou passando mal e fomos pra casa. Como ela não conseguiu ir trabalhar e não tinha o que se fazer, decidimos acampar com a Virgínia do lado de fora do meu prédio pra comemorar seu aniversário. Passamos uma tarde muito gostosa com as crianças aqui do condomínio, andando de long e cantando.

"Passei por muita coisa na vida e agora penso que encontrei o que é necessário para a felicidade. Uma vida tranquila e isolada no campo, com a possibilidade de ser útil à gente para quem é fácil fazer o bem e que não está acostumada que o façam; depois trabalhar em algo que se espera ter alguma utilidade; depois descanso, natureza, livros, música, amor pelo próximo - essa é a minha idéia de felicidade. E depois, no topo de tudo isso, você como companheira, e filhos talvez - o que mais pode o coração de um homem desejar?"




domingo, 23 de agosto de 2015

Fé em Deus e pé na tábua

Estivemos este tempo ausente do blog para cuidar dos reparos necessários para a Virgínia poder voltar a rodar. Foram várias idas e idas em alguns mecânicos, uns já estão até ficando familiares (é muito difícil achar um que se possa confiar). E o resultado foi ótimo, comprovando a ideia de que a reforma da Kombi vai deixá-la preparada para muitos kms.
Depois de alguns testes pela cidade e pequenos passeios, neste domingo, dia 23 de agosto, a Virgínia finalmente estreou de verdade na estrada. Percorrendo 120 km, ida e volta, de Curitiba até o município de Palmeira com 3 amigos, o Aníbal, minha xará Dani e nossa parceira canina de vida, a Frida. Paramos num vale cheio de riachos, árvores e churrasqueiras - o Recanto dos Papagaios!!!




O Recanto foi uma prova do gostinho de felicidade que é estar na estrada. Eu que sou motorista de primeira viagem nas rodovias, achei a ida tranquila, a BR277 que pegamos está em ótimo estado, o que faz jus ao preço do pedágio (R$7,10). Chegando lá demos de cara com muitos pinheiros cercando o vale e logo em seguida uma chuva de pinhas nos pegou de surpresa, dá-lhe voltar pra kombi! Depois do perigo ter passado, descemos entre os pinheiros e atravessamos o rio, com uma vista muito bonita de todos os lados.






Escolhemos uma dentre as várias churrasqueiras, uma coberta, porque sabíamos que a chuva estava próxima. Graças ao mestre-churrasqueiro e gaúcho, tchê Aníbal, nos fartamos de carne junto a uma família que estava usando o mesmo espaço, por sinal muito queridos que nos ofereceram alguns petiscos. Enquanto estávamos comendo, começou uma chuva bem forte e tinha um grupo grande de pessoas tentando sem sucesso assar sua carne numa churrasqueira aberta. Chamamos eles para compartilhar o espaço aonde estávamos que era grande e coberto, e esse encontro deu numa roda de viola com samba, sertanejo caipira e aquelas músicas tipo Boate Azul que todo mundo sabe cantar, menos eu. Conhecê-los, trocar ideia, cantar, tocar e comer juntos, tomando uma cervejinha (pra mim sem álcool) e vendo a chuva cair, são essas experiências que queremos na estrada. Porque como diz o poeta:

"a vida não é brincadeira, não. a vida é a arte do encontro, embora haja tanto desencontro nessa vida"




Ps: a Sté tá trabalhando para fazer o estofamento do banco e desenvolvendo alguns projetos para o banco-cama, isolamento térmico e outras cositas más. O próximo post vai ser sobre isso, alguns hand-made e coisas que nós mesmas vamos fazer na Virgínia.

Até mais!